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Propostas de mudanças em torneios mostram que ninguém está satisfeito

"A diferença entre o calendário do futebol brasileiro e um calendário de borracharia é que, no da borracharia, a pelada é melhor". A frase, popularizada pelo apresentador do extinto Rockgol, Marco Bianchi, já tem muitos anos, mas permanece sempre atual. 

Recentemente, tanto Conmebol, CBF e até a FIFA já sinalizaram para fortes e significativas mudanças em relação aos seus torneios e calendários. O que se ouviu até agora não agradou todo mundo. Porém, deixam claro que não só apenas os torcedores e jogadores reclamam do calendário futebolístico atual. Além das próprias federações, os patrocinadores e quem está ligado de alguma forma com o esporte também pedem por mudanças.

Isso tudo para tornar o futebol mais atrativo. Entretanto, é importante ressaltar, que muitas dessas mudanças propostas tem um fundo político, o que, ao final, pode inchar ainda mais o ano dos clubes, e, em consequência, atrapalhar cada vez mais o espetáculo. Por isso, propor mudanças são interessantes pela discussão e são bem-vindas quando debatidas publicamente e com objetivos claros.



Pegando o futebol brasileiro como exemplo. É inquestionável a necessidade de mudança que precisa ser feita nos campeonatos estaduais. Extinguir seria radical e não é a solução. Pela tradição que muitos torneios têm e por esses serem uma das poucas oportunidades de equipes menores terem atividades durante o ano, acabar com os estaduais pode ser arriscado. Diminuir a presença dos grandes para a reta final pode ser um dos caminhos.

Para as equipes grandes, dar foco no campeonato nacional é imprescindível. Fortaleceria tanto a disputa quanto a rivalidade que dá audiência e torna o torneio interessante. 

É uma discussão longa, mas necessária. As federações não podem se curvar aos interesses gananciosos, mas sim fazer o melhor em virtude dos protagonistas que fazem o futebol o que é, no caso, os torcedores e os jogadores. 

Não dá para esperar que o futebol melhorará muito por conta desse movimento que estamos vivenciando. A descrença vai pelo retrospecto e pela credibilidade que essas mesmas federações têm. Criar torneios fortes, sem prejudicar os clubes e torcedores, é o objetivo. 

A esperança é que haja também mudanças na administração que eliminem esses corruptos. É uma visão utópica, mas necessária. 

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