Construída para a Copa do Mundo de 2014, a Arena Corinthians, localizada em Itaquera, zona leste de São Paulo, é uma dos muitos novos estádios que surgiram no país. Passados dois anos do mundial de futebol, e com muitas partidas dos donos da casa, muitos torcedores o conheceram pela primeira vez durante os Jogos Olímpicos.
A arena é muito moderna. E é uma experiência muito bacana estar dentro do estádio. Talvez o único lado negativo seja justamente a ida, em que, localizada ao lado de uma estação de metrô da linha com maior número de usuários da cidade, faz com que seja uma experiência bem difícil. Principalmente quando as partidas coincidem com a saída do trabalho das pessoas, o horário de pico. Foi isso que aconteceu quando acompanhamos Canadá e França, pelas quartas de final do futebol feminino dos Jogos Olímpicos.
Com certeza, a proximidade com o metrô é a principal vantagem da arena. Nossa chegada, com uma hora de antecedência, foi tranquila por toda a Linha 1 - Azul, mas teve essa multidão de pessoas na estação da Luz, em que era possível pegar o Expresso Leste, que ia direto para a estação Corinthians - Itaquera, pela Linha 3 - Vermelha.
Na estação, pessoas que não sabiam da partida reclamavam da realização dos Jogos Olímpicos e dos políticos. Pudera, ter que enfrentar aquilo todos os dias e ainda ver o dinheiro usado na Olimpíada é revoltante.
Mas, chegamos. A ida ao estádio, depois da saída da estação (em que estava absurdamente lotado) foi tranquila. De longe, era possível ver o grande telão envolta do estádio caracterizado com os símbolos da Olimpíada.
Na entrada, os voluntários auxiliavam a chegada, verificavam o tíquete e permitiam a entrada, após revista policial. Bem rápido e sem grandes problemas.
Dentro, vendedores com produtos da Rio 2016 e seus patrocinadores. O estádio, que no seu interior lembra um shopping center, traz na sua estrutura aquilo que o "futebol moderno" representa: a elitização da forma de torcer pelo futebol. Os banheiros tinham até televisão (estas, evidentemente, transmitindo a partida que era possível assistir pelas arquibancadas)!
No intervalo, andamos pelo estádio. E, na fila pela cara pizza de mussarela, perdemos o gol do Canadá! O único gol da partida! Bah...!
Fora isso, a vista é muito boa, é super tranquilo ver a partida. O 'porém' mesmo é que, levando em conta os times em campo, a torcida não esteve muito empolgada em determinados setores. De novo, "experimentamos" o futebol moderno e as partidas com público de teatro.
Confira um 360º em alta qualidade com a nossa visão das arquibancadas. É possível das zoom e olhar o entorno.
Confira um 360º em alta qualidade com a nossa visão das arquibancadas. É possível das zoom e olhar o entorno.
O jogo foi legal. A favorita era a França, mas o Canadá surpreendeu na primeira fase e conseguiu ficar em primeiro em um grupo com a Alemanha. As francesas jogaram bem o primeiro tempo, mas, na volta do intervalo, as canadenses dominaram a partida e marcaram o gol da vitória aos 11' do segundo tempo.
O público de quase 40 mil pessoas foi, até então, o maior desta Olimpíada. Marca batida no dia seguinte, com a Seleção Brasileira masculina vencendo a Colômbia no estádio.
A torcida começou não muito animada, mas, durante o jogo, foi melhorando. Houve "olas" e alguns gritos pró Canadá. Em vários momentos, os corintianos (donos da casa) gritavam em referência ao time. Como haviam vários torcedores de outros muitos clubes, os gritos foram vaiados.
Houve também protestos contra o governo interino de Michel Temer. Foi gritado em coro no segundo tempo gritos pedindo a saída do vice-presidente em exercício.
Voltados para as cabinas de TV, torcedores estendem a faixa "Fora Temer" |
No vídeo, imagens da partida e da ida ao estádio.
Link do vídeo.
SUBINDO NO QUADRO DE MEDALHAS Mais três conquistas nesta quinta-feira. Mais uma na canoagem e outra na vela. Pela manhã, Isaquias Queiroz levou o bronze. É a segunda conquiste dele na Rio-2016 (havia já conquistado a prata). A tarde, na vela, Martine Grael e Kahena Kunze venceram o ouro. Na madrugada, a dupla Agatha Bednarczuk e Barbara Seixas ficaram com a prata no vôlei de praia.
MAIS MEDALHAS O Brasil chegou a 14ª medalha. São cinco de bronze, cinco de prata e quatro de ouro. Mesmo com o aumento nesta última semana, o número é longe das 25 conquistas que o COB tinha como expectativa, e distante do top 10 do quadro geral de medalhas.
NA GLOBO Cléber Machado narrou a prata brasileira na noite de quarta para quinta. O bronze de Isaquias pela manhã foi narrado por Alex Escobar e o ouro na vela por Luis Ernesto Lacombe.
"Ainda não caiu a ficha. Esperamos estimular outras meninas. Não só na vela, mas em outros esportes. Muito orgulho, sempre sonhei estar na Olimpíada e representar nosso país. E fomos além."
Martine Grael que, junto com Kahena Kunze, venceram o ouro na 49erFX, na vela. O esporte já trouxe muitas medalhas nas Olimpíadas, mas em 2016, trouxe apenas uma. Este foi o oitavo pódio da família Grael. Martine é filha de Torben Grael, bicampeão olímpico e dono de uma de prata e duas de bronze.
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