A notícia saiu esta semana. A possibilidade do Palmeiras não jogar a Copa Libertadores nos jogos em casa no Allianz Parque por imbróglio envolvendo a sua patrocinadora e a Conmebol. Para entender o caso: a Confederação Sul-Americana tem um regulamento que, para não haver conflito com as marcas que patrocinam seus torneios, garante a exclusividade da marca durante as partidas. Por outro lado, a Allianz Seguros tem contrato longo com o Palmeiras e detém o "naming rights" (direito de nome) da nova arena construída pelo clube; o Allianz Parque é o nome da nova casa palmeirense. Assim, por todo o estádio, a marca "Allianz Parque" tem adesivos e tudo mais remetendo a marca.
Aí gera o embate. Por um lado, a Allianz não abre mão da divulgação e a CONMEBOL, do seu regulamento. A notícia foi divulgada pela Folha de S. Paulo nesta última sexta-feira. Essa é uma discussão que vai longe, mas que poderia ser evitada se as confederações cumprisse seu principal papel: defender os interesses dos clubes.
Para começar, são dois lados: a CONMEBOL recebe bastante dinheiro para organizar suas competições. Por parte dos patrocinadores, a exclusividade na competição é importante. Como todos sabem, a Copa Libertadores - por naming rights - é Copa Bridgestone Libertadores, graças ao patrocínio da marca Bridgestone. Para tanto, é muito dinheiro envolvido. Agora, por exemplo, se no mesmo estádio que acontece uma partida da Copa Bridgestone Libertadores há um letreiro enorme da Pirelle, fará com que o investimento na competição por parte da empresa não faça sentido. Assim como também se a TV finalmente cedesse e dissesse os nomes das competições e estádios, ficaria estranho um "Brasileirão Chevrolet - oferecimento: Volkswagen". Não faz muito sentido.
Por outro lado, os clubes. Nunca antes os clubes se viram em uma situação tão favorável para fechar patrocínio. Os números que os acordos são fechados são exorbitantes. E isso, na teoria, constrói equipes fortes, melhor estruturadas e que contratam bons nomes. Tudo isso graças a esses patrocínios. Além disso, como o caso do Palmeiras, o patrocinador ajuda a bancar um estádio 'de primeiro mundo', moderno, e outros fatores que, sozinho, um clube talvez não conseguisse manter. A visibilidade da marca é primordial para as empresas apostarem em tudo isso.
E o que seria das federações e dos torneios sem clubes fortes? Daí, é importante repensar e abrir exceções para proteger os times. É essa a função da federação.
Um grande exemplo positivo de tudo isso é o que aconteceu na Europa. A Premier League, que organiza a liga entre clubes de futebol mais rentável e assistida do mundo, não vai continuar com o patrocínio da Barclays, que há muito tempo dá nome ao Campeonato Inglês. O nome "Barclays" já virou referência da competição e seu nome em todo o mundo logo é associado à competição.
Em uma mudança de marca, alteraram a identidade visual para as próximas temporadas e não irão continuar com o nome do banco. O contrato de televisão fechado é um dos maiores do mundo e os patrocínios e receita conquistada já sustentam a competição. Um dos beneficiados disso é justamente o patrocínio dos clubes. Como traz o site Futebol Marketing, não haverá conflito de marcas nessa nova era. O site cita um exemplo do Manchester United, que tem o patrocínio do banco Invex. O banco mexicano agora pode dizer que patrocina uma equipe da Premier League (e usar esse título, não se referindo ao torneio por um termo genérico).
O exemplo da Premier League (e outras grandes marcas e franquias, como as dos esportes americanos) parece ainda ser exceção. Até mesmo a UEFA tem restrições quanto a nomes de outras marcas. Emirates Stadium e Allianz Arena são chamados no site oficial de "Estádio do Arsenal" e "Arena de Munique", respectivamente. O Red Bull Salzburg é apenas Salzburg. A FIFA também é outra que defende com unhas e dentes a integridade dos seus patrocinadores. Ou seja, é uma briga que vai longe.
Os dois lados são "entendíveis". Cabe, neste caso, bom senso por parte dos dois. Se a Conmebol não permitir, a Allianz e a WTorre podem ceder um pouco, afinal, os dirigentes lá da sede no Paraguai são meio "cabeça-dura". Para os próximos casos, a conversa e o consenso é importante. E, para as federações o pensamento de que com clubes fortes, os campeonatos tendem a ser melhores.
Esporte Interativo briga por espaço na TV fechada; disputa faz bem ao mercado
Aí gera o embate. Por um lado, a Allianz não abre mão da divulgação e a CONMEBOL, do seu regulamento. A notícia foi divulgada pela Folha de S. Paulo nesta última sexta-feira. Essa é uma discussão que vai longe, mas que poderia ser evitada se as confederações cumprisse seu principal papel: defender os interesses dos clubes.
Para começar, são dois lados: a CONMEBOL recebe bastante dinheiro para organizar suas competições. Por parte dos patrocinadores, a exclusividade na competição é importante. Como todos sabem, a Copa Libertadores - por naming rights - é Copa Bridgestone Libertadores, graças ao patrocínio da marca Bridgestone. Para tanto, é muito dinheiro envolvido. Agora, por exemplo, se no mesmo estádio que acontece uma partida da Copa Bridgestone Libertadores há um letreiro enorme da Pirelle, fará com que o investimento na competição por parte da empresa não faça sentido. Assim como também se a TV finalmente cedesse e dissesse os nomes das competições e estádios, ficaria estranho um "Brasileirão Chevrolet - oferecimento: Volkswagen". Não faz muito sentido.
Por outro lado, os clubes. Nunca antes os clubes se viram em uma situação tão favorável para fechar patrocínio. Os números que os acordos são fechados são exorbitantes. E isso, na teoria, constrói equipes fortes, melhor estruturadas e que contratam bons nomes. Tudo isso graças a esses patrocínios. Além disso, como o caso do Palmeiras, o patrocinador ajuda a bancar um estádio 'de primeiro mundo', moderno, e outros fatores que, sozinho, um clube talvez não conseguisse manter. A visibilidade da marca é primordial para as empresas apostarem em tudo isso.
E o que seria das federações e dos torneios sem clubes fortes? Daí, é importante repensar e abrir exceções para proteger os times. É essa a função da federação.
Um grande exemplo positivo de tudo isso é o que aconteceu na Europa. A Premier League, que organiza a liga entre clubes de futebol mais rentável e assistida do mundo, não vai continuar com o patrocínio da Barclays, que há muito tempo dá nome ao Campeonato Inglês. O nome "Barclays" já virou referência da competição e seu nome em todo o mundo logo é associado à competição.
Em uma mudança de marca, alteraram a identidade visual para as próximas temporadas e não irão continuar com o nome do banco. O contrato de televisão fechado é um dos maiores do mundo e os patrocínios e receita conquistada já sustentam a competição. Um dos beneficiados disso é justamente o patrocínio dos clubes. Como traz o site Futebol Marketing, não haverá conflito de marcas nessa nova era. O site cita um exemplo do Manchester United, que tem o patrocínio do banco Invex. O banco mexicano agora pode dizer que patrocina uma equipe da Premier League (e usar esse título, não se referindo ao torneio por um termo genérico).
O exemplo da Premier League (e outras grandes marcas e franquias, como as dos esportes americanos) parece ainda ser exceção. Até mesmo a UEFA tem restrições quanto a nomes de outras marcas. Emirates Stadium e Allianz Arena são chamados no site oficial de "Estádio do Arsenal" e "Arena de Munique", respectivamente. O Red Bull Salzburg é apenas Salzburg. A FIFA também é outra que defende com unhas e dentes a integridade dos seus patrocinadores. Ou seja, é uma briga que vai longe.
Os dois lados são "entendíveis". Cabe, neste caso, bom senso por parte dos dois. Se a Conmebol não permitir, a Allianz e a WTorre podem ceder um pouco, afinal, os dirigentes lá da sede no Paraguai são meio "cabeça-dura". Para os próximos casos, a conversa e o consenso é importante. E, para as federações o pensamento de que com clubes fortes, os campeonatos tendem a ser melhores.
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