Quando uma conquista vai muito além das quatro linhas
Ser corintiano é acreditar mais do que se imagina. É ter consciência que haverá algo bom para acontecer, independentemente da fase que se esteja. Que não há fila no mundo que vai deixar desacreditar, afinal sempre terá um Basílio para fazer um gol chorado e acabar com o sofrimento. Que quando tudo parecer perdido, estará o Cássio lá para defender um chute que botaria tudo a perder. Ser corintiano vai além de ser ou não brasileiro. É ser Corinthians!
A conquista de 2015 do Campeonato Brasileiro tem bastante representatividade, assim como todas as outras. Premia o time mais batalhador, mais organizado, que tem grandes jogadores e que deu a volta por cima quando havia desconfiança, mas que conta com um técnico que já é o que mais conquistou títulos na história do clube. Não só isso, mas o maior e melhor treinador de todos que já passaram pela equipe alvinegra. Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, merece um contrato vitalício com o clube. Ou melhor, para o bem geral da nação, tem que comandar a Seleção Brasileira (os torcedores do Corinthians talvez não apoiem isso, mas seria a solução para o time canarinho).
A campanha corintiana neste ano começou não tão bem. Eliminações e resultados ruins geraram um clima de tensão no time. O ano termina com um campeão brasileiro acima de todas as expectativas, com pontuação excelente, melhor em todos os critérios e com uma equipe unida, com Renato Augusto em grande fase, assim como Jadson e outros grandes nomes, como o supervalorizado Love. Em meio a tudo isso, alguns detalhes significativos chamam a atenção dessa conquista.
13 de setembro de 2015. Domingo de manhã na Arena Itaquera. O Corinthians enfrentou o Joinville. Malcom, Uendel e Vagner Love marcaram os gols da vitória do time paulista sobre os catarinenses. Com o resultado, o Timão abriu cinco pontos de vantagem na liderança e deixou o adversário em situação delicada na zona de rebaixamento. Um jogo a mais nesta conquista. Mas houve um detalhe especial. Algo que emocionou até mesmo os não corintianos, mas que mostra a força pela paixão a um clube. Que deixa claro que o futebol não é só um esporte. Vai além disso. Entre os 42.075 presentes no estádio, havia um especial. João Marcos Andrietta emocionou Tite. Emocionou os jogadores do Corinthians. Se tornou um símbolo de luta e superação. Portador de uma doença grave, acompanhou no estádio, de maca, a vitória do seu time. A imagem que circulou nas redes sociais reforça a nossa esperança de que as coisas valem a pena e é possível sempre acreditar.
No gol que selou a vitória, Tite comemorou apontando para onde estava o torcedor e sua família. Antes do jogo, Tite se encontrou com João e novamente se emocionou. O torcedor tem uma história incrível que vale ser lida.
João é mais um corintiano que mostra que a fé é muito importante para nós. Que a paixão pelo esporte nos faz sonhar e ir mais longe. Que não há barreiras que façam com quê deixemos de ir atrás dos nossos sonhos.
A conquista do hexacampeonato do time paulista tem outros detalhes que merecem destaques. O que mais representa tudo isso é o seu torcedor. O que lotou as arquibancadas e esteve junto em todos os momentos. Que acreditou no treinador e nos jogadores. O grito de “Vai Corinthians!” nunca esteve tão em evidência. Seja pela TV, pela rádio ou no estádio, o corintiano se mostra cada vez mais “louco”, e este sim, verdadeiramente, guerreiro.
Saiba mais
UOL ESPORTE:Como o torcedor com doença rara viveu sonho de ver Tite e Arena Corinthians. http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2015/09/14/como-o-torcedor-com-doenca-rara-viveu-sonho-de-ver-tite-e-arena-corinthians.htm
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